ChatGPT muda pra Google Search nas suas buscas na web: entenda o impacto no SEO e o que muda para seu site

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ChatGPT muda pra Google Search, você já reparou? Pois é, descobri que o modo de busca em tempo real do ChatGPT, batizado de SearchGPT, deixou de usar o Bing e agora bebe direto na “fonte oficial” das SERPs: o Google.

A troca veio à tona graças a uma investigação do consultor Alexis Rylko, coincidindo com o anúncio de que a Bing Search API será aposentada em 11 de agosto de 2025.

A seguir conto, porque isso aconteceu e o que você precisa fazer para manter seu SEO competitivo numa era de IA nas buscas.

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Uma investigação publicada por Alexis Rylko mostra que SearchGPT, o modo de busca em tempo real do ChatGPT, deixou de usar o Bing e passou a se apoiar quase integralmente no Google.

Ao comparar as URLs retornadas pelo JSON interno das conversas, a semelhança com o TOP-20 do Bing é de apenas 30%, contra 90% de interseção com os resultados orgânicos do Google.

Os snippets, as datas e até o parâmetro ?srsltid presentes nos links citados reproduzem fielmente o formato exibido pela SERP do Google.

Além disso, o ChatGPT consulta o índice em cache do Google, conseguindo ler conteúdo gerado por JavaScript sem precisar renderizar a página, algo inviável apenas com seu próprio crawler.

A troca de fornecedor coincide com o anúncio de que a Microsoft encerrará totalmente a Bing Search API em 11 de agosto de 2025, pressionando parceiros a buscar alternativas.

1. O que mudou?

Logo que o ChatGPT muda pra Google Search, ele passa a:

  • Reformular sua pergunta e disparar essa nova query no Google, não mais no Bing.
  • Exibir snippets, datas e até o parâmetro srsltid= idênticos aos que vemos na própria SERP do Google.
  • Recuperar o HTML já renderizado do cache do Google, o que inclui conteúdo injetado por JavaScript sem precisar de crawler próprio.
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Em outras palavras, o ChatGPT incorporou, de forma silenciosa, o maior índice de pesquisa do planeta, um movimento que muda bastante o jogo do SEO generativo.

2. Evidências técnicas da migração

2.1 Sobreposição de resultados

A tabela abaixo resume o estudo de Rylko para diferentes consultas:

ConsultaSobreposição SearchGPT × BingSobreposição SearchGPT × Google
“vacances en Sicile”30%90%
“vélo de ville électrique”28%88%
“rachat de crédit”32%91%

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Tabela e imagem extraída e simplificada do artigo “Étude : SearchGPT abandonne Bing” newsletter.alekseo.com.

2.2 Snippets e datas

Ao inspecionar o JSON interno gerado pelo ChatGPT, notei que:

  • Os trechos de texto e as datas usam o mesmo formato Unix que o Google transforma em “4 set 2024”, por exemplo.
  • Links trazem ?srsltid= — parâmetro típico do Merchant Center que o Google adiciona a cliques em listagens orgânicas desde 2024.

2.3 Aposentadoria da Bing Search API

A Microsoft publicou que a API será descontinuada em 11 de agosto de 2025 e recomenda migrar para “Grounding with Bing Search”, recurso limitado aos agentes do Azure.

3. Por que a OpenAI trocou Bing por Google?

  1. Cobertura de índice – O Google continua rastreando mais profundamente sites em JavaScript, SPA e PWA.
  2. Custos e licenciamento – Com o fim da API do Bing, a OpenAI precisaria adotar o serviço de “Grounding”, que não entrega o HTML bruto; já o Google fornece versões em cache prontas.
  3. Pressão competitivaGoogle lançou o “AI Mode” no I/O 2025 e passou a exibir respostas conversacionais nativas, forçando a OpenAI a ter resultados igualmente frescos e confiáveis.
  4. Fusão de produtos – A promessa da OpenAI, segundo seu comunicado de outubro de 2024, é trazer o melhor da pesquisa direta para dentro do ChatGPT, tornando-o um “one-stop shop”.

4. Impactos práticos para SEO

4.1 Rankear bem no Google tornou-se ainda mais crítico

Se o motor de pesquisa do ChatGPT replica 90% das URLs do Google, aparecer no top 10 da SERP clássica virou pré-requisito para conquistar citações em IA.

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4.2 Conteúdo renderizado e sem bloqueios

Google processa JavaScript, mas exige boas práticas: pré-renderização, uso de hydration, lazy-loading controlado. Caso contrário, seu conteúdo dinâmico continua invisível – e, por tabela, fora do ChatGPT.

Se você opera e-commerce, habilite o autotagging do Merchant Center. A presença do srsltid sinaliza que a IA pode puxar preço e estoque direto do feed.

4.4 Reputação e volatilidade

Mesmo a imprensa admite que o protótipo da OpenAI ainda alucina em queries de nicho. Garanta “E-E-A-T” (Expertise, Experience, Authority, Trust) nas suas páginas e forneça dados estruturados consistentes.

5. Como se adaptar: meu check-list

  1. Audite as keywords que trazem tráfego de IA: crie uma vista no GA4 usando regex que inclua ChatGPT, Google AI, Gemini, Claude e Perplexity.
  2. Fortaleça o conteúdo que já rankeia no Google: melhore títulos, adicione FAQ schema, atualize estatísticas.
  3. Otimize para snippets e listas numeradas – são formados como base para respostas conversacionais.
  4. Implemente Product schema em páginas de item para tirar proveito do srsltid.
  5. Monitore Core Web Vitals: estabilidade e velocidade influenciam ranking e, consequentemente, visibilidade na IA.
  6. Use CTAs para copiar link com UTM – ajuda a medir visitas vindas de respostas de IA.
  7. Revise robots.txt: libere JS e APIs usados na renderização; bloqueios podem matar a captura de dados pela cache do Google.

Conclusão

Quando olho para o cenário atual de busca, fica evidente que ChatGPT muda pra Google Search não é apenas uma curiosidade técnica, é um marco na evolução do SEO para IA.

A transição silenciosa do SearchGPT para o índice do Google confirma uma mudança de estratégia por parte da OpenAI e, ao mesmo tempo, sinaliza o fim do ciclo da Bing Search API, que será descontinuada oficialmente em agosto de 2025.

O impacto para quem trabalha com SEO é direto: rankear no Google passou a ser condição indispensável para aparecer em respostas geradas por IA generativa, como o próprio ChatGPT.

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Os trechos de conteúdo, os snippets, as datas e até parâmetros como srsltid mostram que a base usada pelo modelo é, hoje, uma réplica da SERP do Google.

Além disso, entra em cena um novo requisito técnico: conteúdo renderizável.

Isso significa que sites que usam JavaScript, React, Next.js ou Vue precisam garantir que o HTML final seja legível por crawlers — caso contrário, o conteúdo simplesmente não aparece nem para o Google, nem para o ChatGPT.

Não podemos esquecer que o tráfego vindo de respostas de IA está em forte crescimento. Usuários que acessam um site a partir de uma sugestão do ChatGPT ou Gemini tendem a passar mais tempo na página, gerar mais conversões e confiar mais na fonte. Isso significa que SEO para IAs não é tendência, é realidade.

O jogo virou. E quem quiser se manter competitivo vai precisar:

  • Revisar conteúdo atual com foco em Google Snippets
  • Ajustar seu JavaScript SEO com pré-renderização ou SSR
  • Criar filtros de tráfego de IA no GA4 para medir o que já está acontecendo

Essa mudança coloca o Google no centro das estratégias de visibilidade, mesmo dentro das plataformas de IA generativa. Se você ainda está otimizando seu conteúdo pensando apenas em humanos, está na hora de pensar também nos modelos de linguagem. Eles são seus novos leitores — e podem ser seus melhores distribuidores.

Perguntas pertinentes

ChatGPT vai abandonar o Google quando a OpenAI lançar seu próprio crawler?

Ainda é especulação. A empresa testa um bot próprio, mas não divulgou cronograma. Por enquanto, o Google oferece escala incomparável.

Meu site depende de conteúdo gerado por React, preciso de SSR agora?

Não obrigatoriamente, mas o Google recomenda hidratação rápida ou pre-render via renderToString para evitar “jidder”.

O Bing morreu para SEO?

Não, mas perdeu relevância no ChatGPT. Se seu público está em dispositivos Windows ou Edge, mantenha otimizações básicas – Grounding with Bing ainda serve de fonte para agentes no Azure.